A cárie dentária é um problema de saúde bucal comum na infância e é conhecida a possibilidade de prevenir e educar. Diferentes programas de saúde bucal têm sido desenvolvidos, porém a dimensão educativa tem
se restringido a palestras pontuais, sem uma problematização do tema para a população, impossibilitando o desenvolvimento de práticas emancipatórias na área da prevenção e educação em saúde.
A importância de buscar indicadores que subsidiem projetos educativos voltados para o desenvolvimento da autonomia da população em relação aos cuidados com a saúde bucal mobilizou esta pesquisa, que teve como objetivo inicial conhecer
as concepções e experiências de higiene em saúde bucal de escolares de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental da rede municipal de Bauru, para realizar um diagnóstico da situação na área. Por meio de entrevistas
estruturadas e questionário com questões fechadas, estudou-se uma amostra aleatória simples de 80 escolares, dos quais 63,75% indicaram já ter tido dor de dente. Esses mesmos escolares indicaram como práticas utilizadas para cuidar da saúde
da boca: escovar dentes, ir ao dentista, não comer doces. Pelos resultados obtidos, observa-se que, embora os escolares tenham informações sobre os cuidados com a saúde bucal, procurando, freqüentemente, elaborar respostas que correspondam às
expectativas do pesquisador, as formulações das crianças apontam para uma prática de cuidados deficiente. Estes dados, que possibilitaram realizar um diagnóstico do problema entre este grupo de escolares, podem representar um ponto de partida
para o trabalho educativo em saúde bucal pautado na problematização e voltado para o desenvolvimento de práticas emancipatórias.
PALAVRAS-CHAVE: educação em saúde; saúde bucal; programas educativos; escolares; percepção de escolares
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