Este estudo foi realizado com 79 crianças menores de 6 anos de idade, residentes no bairro periférico, Pousada da Esperança I e II, cadastradas na Unidade Básica de Saúde da Vila São Paulo, Bauru (SP), faltosas na ficha de registro existente
na sala de vacinação. Com o objetivo de identificar as características sócio-familiares, grau de conhecimento sobre vacinas, situação vacinal real e razões alegadas que possam estar relacionadas com o atraso no esquema de imunização,
foi realizado um inquérito familiar nos domicílios dos faltosos. Do total, foram localizadas 47 crianças, e as perdas foram explicadas pela grande mobilidade das famílias, decorrente da precariedade social que as caracteriza. São famílias
do tipo conjugal, em constituição, cujos responsáveis têm baixo grau de escolaridade, encontram-se sem ocupação ou em atividades produtivas predominantemente manuais não-qualificadas. Noventa e oito por cento das famílias
encontram-se na condição de pobreza, com rendimentos mensais inferiores a 0,25 SMNpc. Em geral, encontrou-se uma boa concepção sobre a relevância das vacinas. Dentre as razões alegadas para o atraso vacinal, estão: esquecimento,
doença da criança, horário de funcionamento da UBS e distância da moradia em relação a ela. Observou-se, por fim, que 64% das crianças tidas como faltosas pela UBS estavam em dia em relação ao calendário vacinal
e conclui-se que deveria ser adotada a busca ativa dos faltosos enquanto o serviço de saúde não estiver conectado a um sistema de informação integrado e suge re-se a implantação do Programa de Saúde da Família no
Bairro.
PALAVRAS-CHAVE: faltosos à vacinação; imunização; cobertura
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